Gastos gerados pela falta de sustentabilidade na indústria têxtil
- mariamltz
- 14 de out.
- 3 min de leitura
A sustentabilidade deixou de ser um diferencial competitivo para se tornar uma exigência de mercado. Na indústria têxtil, a ausência de práticas sustentáveis gera custos financeiros, ambientais e sociais crescentes, que comprometem a competitividade e a imagem das empresas em longo prazo.
O impacto financeiro da falta de sustentabilidade não aparece imediatamente, mas se acumula ao longo do tempo. No texto a seguir, destacamos quais são estes impactos e a importância da atenção da indústria têxtil a este assunto. Confira!
Afinal, como a falta de processos sustentáveis pesa no bolso?
Para avaliar o nível de maturidade e como a sustentabilidade é aplicada nos negócios, existe o ESG (ambiental, social e governança), um conceito que surgiu como forma de mensurar o comprometimento das empresas com práticas responsáveis e sustentáveis. Ele funciona como um conjunto de critérios que avalia desde o impacto ambiental das operações até a forma como a organização se relaciona com as pessoas e conduz seus processos internos de gestão e transparência.
O ESG ajuda a transformar a sustentabilidade em estratégia de negócio, conectando propósito, eficiência e valor de mercado.
Processos produtivos com alto consumo de água e energia aumentam custos fixos e são um exemplo de como a falta de cuidado com a sustentabilidade impacta os negócios.
Além disso, descartes inadequados podem resultar em autuações ambientais, criando ainda danos à reputação da marca. E más condições de trabalho geram afastamentos e perda de produtividade.
Os pilares de maior impacto quando o assunto é sustentabilidade
Para entender o impacto da falta de sustentabilidade, é preciso olhar para os três pilares que o sustentam, e que são mensurados pelos critérios do ESG. São eles:
Social: envolve o cuidado com o capital humano, garantindo saúde, segurança e qualidade de vida aos trabalhadores. Também inclui o impacto positivo nas comunidades do entorno e a promoção de ambientes de trabalho mais diversos e inclusivos. A negligência nesse aspecto pode gerar afastamentos, alta rotatividade e até sanções legais por descumprimento de normas trabalhistas.
Ambiental: refere-se à forma como a produção afeta o meio ambiente. O setor têxtil está entre os maiores consumidores de recursos naturais, o tingimento de apenas 1 kg de tecido pode exigir entre 100 e 200 litros de água. Sem o uso eficiente desses recursos e o tratamento adequado de efluentes, o desperdício e a contaminação ambiental aumentam significativamente, gerando multas, custos com remediação e perda de reputação.
Econômico: sustentabilidade também é sobre perenidade. Uma empresa que desperdiça matéria-prima, consome energia de forma ineficiente ou precisa refazer processos por não atender normas ambientais está comprometendo seu próprio lucro. Investidores e compradores internacionais têm dado preferência a fornecedores que comprovam boas práticas ESG, o que torna a sustentabilidade um fator direto de competitividade.
Por que olhar para a sustentabilidade?
Consumidores e grandes marcas estão cada vez mais atentos à origem das peças que compram. Empresas que não se adaptam correm o risco de perder contratos e espaço no mercado, enquanto aquelas que investem em inovação sustentável se tornam parceiras preferenciais.
Adotar práticas sustentáveis não é apenas uma questão de imagem, mas uma estratégia inteligente de redução de desperdícios e otimização de recursos. Tecnologias que permitem o reuso de água no tingimento, o controle de emissões e o aproveitamento de resíduos têxteis já são realidade e vêm demonstrando retorno financeiro significativo.
Ao repensar seus processos com base nos três pilares, as indústrias têxteis não apenas reduzem custos, mas também fortalecem sua competitividade e reputação diante de um mercado que valoriza responsabilidade e inovação.
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